Análise dos Resultados da Sondagem Industrial
2022 - 2023
Observando os principais resultados da pesquisa, 15% dos industriais participantes acreditam que a economia do país em 2023 apresentará crescimento ou forte crescimento e esse otimismo é motivado principalmente pela economia e pela política nacional. Já quando perguntados sobre as expectativas da indústria para 2023, 41% dos industriais se mostraram otimistas ou muito otimistas. Esse nível de otimismo, inferior aos anos de 2021 (68%) e 2022 (69%), se aproxima dos resultados de períodos de grandes crises, como em 2016 (33%), e retrata o posicionamento do industrial paranaense diante dos cenários nacional e global.
Isso se confirma quando observamos que 44% dos empresários expressaram expectativa “neutra” para 2023. Assim, é possível inferir que esses ainda não têm clareza sobre o futuro próximo, mostrando-se cautelosos sobre o desempenho da indústria em 2023.
Apesar das incertezas refletidas nos resultados, 80% dos empresários pretendem realizar novos investimentos em 2023 e suas prioridades de investimento são em melhoria de processos, produtos ou serviços, redução de custos de produção e prospecção de mercados. Para tanto, a maioria pretende utilizar os próprios recursos como principal fonte para custear os investimentos. Essas prioridades de investimentos podem indicar estratégias de ampliação de mercados, vendas e manutenção ou ampliação da competitividade e estão alinhadas às expectativas otimistas ou muito otimistas sobre o desempenho da indústria para 2023.
Nesse cenário, os temas de maior impacto para o desempenho dos negócios em 2023, elencados pelos industriais paranaenses, são a conjuntura econômica nacional, a agenda de reformas, a corrupção, a conjuntura econômica internacional e a desburocratização.
Fechando o rol das expectativas industriais para 2023, vale destacar o comércio internacional, onde 56% dos industriais que participaram da pesquisa afirmaram ter a intenção de exportar no próximo ano, com destaque para a exportação de outros produtos e insumos e matérias-primas. Esses empresários apontam que o conhecimento dos mercados, o conteúdo tecnológico e as políticas de incentivos governamentais são os principais fatores de influência positiva. Já taxas, burocracia administrativa, tempo de fiscalização e custos são os fatores com maior influência negativa para a exportação.
Já em relação às importações, 52% dos industriais afirmaram ter a intenção de importar em 2023, com destaque para a importação de insumos e matérias-primas, seguido de máquinas e equipamentos. Esses empresários apontam que o conhecimento dos mercados, o conteúdo tecnológico, as políticas de incentivos governamentais e a reorganização das cadeias globais de suprimento são os principais fatores de influência positiva e taxas, burocracia administrativa, tempo de fiscalização, situação econômica e geopolítica internacional e custos como os fatores com maior influência negativa à importação.